
Vou fazer trinta e seis anos no final do mês de Setembro! Não que me incomode o facto por si. Não me sinto com essa idade, não aparento essa idade e a cima de tudo não me importo com esse facto. Passam quase vinte anos dos meus dezasseis, ano inesquecível pela felicidade que representou e a paz que voltaria muito tempo a voltar a alcançar. Sei que vou ser um miúdo até morrer, um velhinho de espirito muito jovem, se lá chegar. Mas tenho pensado mais na idade do que é normal. Não foi um ano fácil. Em alguns aspectos fui-me abaixo e apesar das felicidades que me ajudaram a recuperar, senti literalmente no físico as dificuldades. Quando não estamos bem, não temos a disponibilidade do costume, e lá perdemos um pouco da forma. Comecei a notar isso em pequenos pormenores. Na perca de alguma massa muscular, no maior cansaço e vontade de dormir. No olhar desconfiado, quando uma rapariga do ginásio consegue fazer mais flexões que eu! Eu bem sei que elas andam por lá todos os dias e eu tenho uma profissão exigente que não me deixa tempo para tal. Bem sei que estou em melhor forma que a maioria dos meus amigos. Mas não deixo de ficar ligeiramente frustado. Mas por pouco tempo. Porque sei que no fundo não são estas coisas as mais importantes. E por ser apenas uma fase que vou ultrapassar. No início de Setembro volto a treinar com mais empenho. Tenho que nadar por causa das costas, mas de resto vou recuperar a forma antiga, tonificar músculos e espirito como se voltasse aos tais dezasseis. E no fundo esperar que o ano seja calmo, cheio de conquistas, com a maior delas materializada na serenidade que procuro e anseio. E quando a fase descendente das capacidades físicas chegar, quando não tiver dúvidas que já não consigo melhorar o meu corpo, aceitarei com normalidade essa inevitabilidade. E remeto para a mente o crescimento que poderei sempre desejar.
P.S. – Nas minhas férias aconteceu uma pitoresca e humilhante situação que me motivaram a escrever este texto. Eu tinha a mania de dar saltos mortais para dentro da piscina. Em terra firme não me atrevia, mas com a água não me safava mal. Tem sido assim todos os anos. Ora, apesar de não estar no meu melhor, resolvi tentar também este ano. Na primeira vez aterrei quase de costas, mas sem estragos de maior. Foi então que notei que a piscina tinha uma zona de rocha elevada que me permitiria saltar como se de um trampolim se tratasse. Não sei o que me passou pela cabeça. Pensei que a altura me daria tempo para rodar completamente e aterrar de pés. Mas não! Não só caí de costas, como a altura fez com que tal acontecesse com estrondo e uma dor profunda nas costas, que quase rasgavam com o chapão. A estupidez e o despeito impulsionaram-me para repetir o feito, com os mesmíssimos resultados. Acho que me ri, para não chorar de tantas dores. Para o ano há mais.
P.S. – Nas minhas férias aconteceu uma pitoresca e humilhante situação que me motivaram a escrever este texto. Eu tinha a mania de dar saltos mortais para dentro da piscina. Em terra firme não me atrevia, mas com a água não me safava mal. Tem sido assim todos os anos. Ora, apesar de não estar no meu melhor, resolvi tentar também este ano. Na primeira vez aterrei quase de costas, mas sem estragos de maior. Foi então que notei que a piscina tinha uma zona de rocha elevada que me permitiria saltar como se de um trampolim se tratasse. Não sei o que me passou pela cabeça. Pensei que a altura me daria tempo para rodar completamente e aterrar de pés. Mas não! Não só caí de costas, como a altura fez com que tal acontecesse com estrondo e uma dor profunda nas costas, que quase rasgavam com o chapão. A estupidez e o despeito impulsionaram-me para repetir o feito, com os mesmíssimos resultados. Acho que me ri, para não chorar de tantas dores. Para o ano há mais.